O Brasil expressou sua preocupação com a possível expansão do grupo BRICS, que inclui também Rússia, Índia, China e África do Sul. Cerca de 30 países manifestaram interesse em se juntar ao grupo, e 22 deles já apresentaram pedidos oficiais, incluindo recentemente a Argélia.

O Brasil teme que a expansão do grupo possa mudar sua estrutura e caráter, talvez até mesmo perdendo o status que tem agora. O porta-voz do governo brasileiro destacou que a posição do Brasil está ligada ao desejo de preservar a unidade e a coesão do grupo.

O grupo BRICS foi criado como uma alternativa aos Fóruns diplomáticos mundiais tradicionais, como o G7, e toma decisões por consenso. O acordo e a posição do Brasil são, portanto, fundamentais para determinar o futuro do grupo.

Tais dúvidas sobre a expansão do grupo também existem na Índia. O presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, expressou sua opinião sobre a necessidade de um estudo mais aprofundado e compreensão da fórmula de expansão. Países-membros, como a Rússia e a China, apoiam a expansão.

O grupo BRICS reúne mais de 40% da população mundial e representa cerca de 26% da economia mundial. A décima quinta cúpula do BRICS foi realizada na África do Sul de 22 a 24 de agosto, e a questão da expansão foi um dos principais tópicos do evento.