13ª da Feira da Reforma Agrária do MST em Alagoas levou para a cidade mais de 4 t de alimentos saudáveis. A Feira homenageou o mestre, Nelson da Rabeca.
De Maceió – Em sua 13ª edição, a Feira da Reforma Agrária chegou mais uma vez à capital de Alagoas. Levando ao pé o dito de que a “praça é do povo”, logo nas primeiras horas da quarta-feira (12), camponeses de diversos acampamentos e assentamentos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) do estado ocuparam a Praça da Faculdade, no bairro do Prado, um dos mais antigos de Maceió.
Durante os cinco dias da feira, os maceioenses tiveram a resposta para a crise no setor de alimentos. Sim, há como produzir alimentos saudáveis e garantir a preservação do meio ambiente, emprego e geração de renda para o povo brasileiro. Para isso, o país deve passar pela democratização de seu território. Com frutas, verduras, legumes, carnes com preço popular, o campesinato confirmou mais uma vez que sua forma de organização é uma das saídas frente às amarras da agroindústria; de que um país com o povo soberano é um país com soberania alimentar, democrático e a serviço de seu povo.
A alegria e a tradição que vem do campo
Se pelo dia o movimento foi intenso com a comercialização de alimentos, a noite foi de arrasta pé. O Festival de Cultura Popular levou para a praça o resgate e a valorização da cultura de Alagoas. Do forró ao samba, do coco de roda ao maracatu, a 13ª Feira da Reforma Agrária trouxe de volta a tradição das festas populares e homenageou um dos principais nomes da cultura de um povo de luta: o mestre Nelson da Rabeca.
Aos 84 anos, Seu Nelson, como é conhecido, foi uma das atrações da noite do dia 14, quando foi homenageado pelo MST. Morador de Marechal Deodoro, distante 28 km de Maceió, Nelson é um ex-trabalhador rural que um dia viu na TV uma pessoa tocando violino e se encantou pela leveza e pelo som do instrumento. Inspirado, o mestre criou por conta própria seu próprio instrumento, a Rabeca.